quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

MORRO DE SÃO PAULO - 2º Dia

Após delicioso e farto café da manhã, eu e Olhos Verdes fomos desbravar Morro de São Paulo. Caminhamos pela terceira, quarta e quinta praias, chegando até a Praia do Encanto. Em pouco mais de uma hora percorremos todo o trajeto.

Ficamos admirados com a beleza natural: águas cristalinas, coqueiros verdes, mangue, vegetação viva, calangos, caranguejos. O sol estava bombando! No meio do caminho estendemos a canga numa sombrinha para relaxarmos, e aproveitamos tomar banho de mar.

Chegando na Pousada do Encanto, bebemos várias cervejas e comemos isca de peixe. O que seria uma paradinha rápida durou mais de hora! Estava tocando uma música dos Beatles em ritmo caribenho, muito legal. Perguntei ao garçom de quem era, mas ele não sabia, então me apresentou ao "DJ".

Sergio – xará de Olhos Verdes – é um argentino super simpático que mora na pousada há quase dez anos com sua mulher, também argentina, e vive de seus trabalhos artísticos. É pintor. Também é o responsável pela seleção das músicas que tocam no quiosque. Até em Itacaré/BA ele já morou (ooo vida ruim! rs), mas disse que quando tiver filhos terá de viver em algum lugar com mais infra-estrutura.


Descoberto o som dos "BeatKles" – é esse o nome da banda –, eu e Olhos Verdes fomos deitar numa bancada de areia no meio do mar. Os peixinhos passavam por nossas pernas, às vezes até encostavam, dando uma sensação aflitiva boa!

De volta à quarta praia, mergulhamos nas piscinas naturais. Os peixes de porte médio comiam castanha nas nossas mãos! Olhos Verdes registrava tudo com empolgação quando, de repente, tibum!!! Foi-se minha máquina digital mar adentro... Salvou-se o chip com as fotos dos cinco dias, mas a câmera já era...

Jantamos num dos diversos restaurantes na segunda praia, com mesinha na areia e à luz de velas. Cansados de tanto comer peixe, optamos pelo cardápio argentino: maravilhoso rodízio de churrasco... estava delicioso!

Barrigas devidamente forradas, compramos uma máquina descartável e voltamos para nossa pousada beira-mar. Ahhhhh, o balançar das ondas é tão relaxante... ai que saudade...

foto dos culpados pela queda da máquina!!! rs

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Indefinição

AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH !!!!!

Não vejo a hora de chegar o recesso... de preferência, com algum lugar definido... Humpf!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Porque o samba é minha oração...

ROSAS DE OURO

Divinos são os anjos guardiões
Que ao som dos seus arautos anunciam

O bailar dos odores, essência das flores
Perfumando as sagradas escritas

Ao céu subi em forma de oração
Seduzi as antigas civilizações
Cruzei, as terras sagradas
Ao fim de uma grande jornada
No velho mundo cheguei
E toda nobreza fascinei

Perfume de Rosas no ar
Paixão que faz sonhar
É Rosaessência um "Q" de Magia
Alquimia

Cidade luz dos corações apaixonados
Que me conduz
A cura para os condenados....de amor
No meu Brasil
Fui capricho da coroa imperial
E hoje nesse Carnaval
Sei que o meu futuro é aqui
Nesse chão meu aroma contagia
E ao som da minha bateria
Vou conquistar você

Girando vai a baiana
Me faz delirar (Ô Iaiá )
Sou Rosas de Ouro
Eterno aroma
O nosso show vai começar

terça-feira, 27 de novembro de 2007

MORRO DE SÃO PAULO – 1º Dia

Ir para Morro um dia depois de se afogar com Chandon no casório, tendo dormido quase nada é, no mínimo, estupidez. Principalmente se for de Catamarã, que navega em alto-mar e mexe pra ca#@¨**#. E todas as pessoas que você conhece, em estado normal, chamaram o Hugo! Claro que eu, que passo mal até em cadeira de balanço, vomitei horrores! Aliás, show de horror a viagem, duas horas e meia de tortura: eu e mais uns vinte neguinhos passando mal sem parar, desesperados para disputar um lugar na borda do barco. Não é exagero! Quem já foi, sabe (né, Dé?!). *

Mas valeu o sacrifício! Eu e Olhos Verdes ficamos numa pousada beira mar na terceira praia, com rede na sacada e um visual belíssimo. Lugar super tranqüilo, afastado do agito da segunda praia e do centrinho. Aproveitamos o dia para caminhar até a quarta praia e dar um cochilo.

À noite passeamos pela vila. Há várias lojinhas, restaurantes, agências de turismo – mó infra! – e, como não poderia deixar de existir, uma igrejinha. As ruas são de areia e não entra carro, o que deixa o lugar mais charmoso. Os nativos transportam as malas dos turistas com carrinho de mão. Na segunda praia também há vários restaurantes, inclusive com música ao vivo.

Jantamos peixe ao molho de lagosta, estava delicioso! Não faltaram também as caipirinhas de frutas. E para fazer a digestão, caminhada na praia sob céu estrelado. Eu e Olhos Verdes, companheiraços de aventuras e perrengues, agora curtíamos nosso momento relax e romântico da trip. Bom demais namorar.

Dormimos com a porta da sacada aberta, olhando o mar e ouvindo o dançar das ondas...

____________________

* Olhos Verdes foi muito guerreiro. Ele, que normalmente passaria mal, não só me ajudou na hora de chamar o Hugo, como também jogava fora os saquinhos de vômito de uma grávida que estava com uma criança de uns quatro anos no colo. Essa sim gorfou umas quinhentas vezes, coitada!!! Gente, é muiitto show de horror!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

BEM VINDO A SALVADOR!

Barra do Jacuí

Eu e Olhos Verdes fomos para um casamento em Salvador no feriado. Ainda não conhecíamos o "coração do Brasil". Chegamos na quinta-feira às 05h30min e alugamos um carro para visitar as praias do norte: Arembepe, Barra do Jacuí, Praia do Forte e Imbassaí.

Apesar de, na minha opinião, as praias do Litoral Norte de São Paulo não perderem nada para as praias transatas, há lugares realmente incríveis! Barra do Jacuí, por exemplo, é muito linda, mas freqüentada pelos baianos pobres de lá, por isso talvez nem tanto conhecida. Mas aí que está a beleza do lugar! Enquanto tomávamos umas geladas no boteco de um baiano gente finíssima, até miquinho nós vimos.

A famosa Praia do Forte, por seu turno, não achei tudo isso. Tudo bem, água do mar cristalina, formadora de piscinas naturais e com peixinhos coloridos bem pertinho de você. Mas suas ruas planejadas com lojas, restaurantes etc, lembrando a Riviera de São Lourenço, buscando um turista rico e chique, tiram todo o glamour da natureza e rusticidade do lugar.

Imbassaí, formada por água doce de um lado e salgada de outro, divide opiniões: beleza natural inquestionável, porém os quiosques um colado no outro fazem com que não haja espaço na areia suficiente para o seu banho de sol. Mas devo dizer que a moqueca mista que eu e Olhos Verdes comemos por lá estava incrível! Pena não ter anotado o nome da barraca, mas depois do bucho cheio e de várias cervejas, esquecemos desse pequeno detalhe.




Praia do Forte


Chegamos ao nosso Hotel, próximo ao Farol da Barra, por volta das 18h00. Achamos as ruas de Salvador muito mal sinalizadas e confusas. Passamos pela Fonte Nova várias vezes nos nossos desencontros. Mas a cidade é grande e bonita também. Há um lago no meio dela que traz umas baianas gigantes, lindas. À noite ficam todas iluminadas.

Sexta-feira foi dia de passear de escuna com a galera do casório: cariocas, paulistas, baianos e campo-grandenses fizeram a festa! Paramos numa bela praia que eu esqueci o nome, tomamos mais cervejas e depois conhecemos a Ilha de Itaparica. O dia foi bem animado, o astral da moçada estava demais. À noite eu, Olhos Verdes, Guto e Olívia fomos jantar no Yemanjá. Comemos uma moqueca de camarão D-I-V-I-N-A! O acarajé também estava fantástico.

Sábado fomos conhecer o Pelourinho, Mercado Modelo, Elevador Lacerda e todas as demais atrações turísticas da cidade. Ganhamos de presente até apresentação do Olodum na Ladeira do Pelô. Andamos muito!!! E, às 20h30min, o casamento: festão com banda estilo Chiclete com Banana! Dancei horrores, pois quem me conhece sabe que há um sangue mulato correndo pelas minhas veias! rs

E não é que no final de tudo ainda peguei o buquê?!?! Preparem-se para mais vergonha alheia: eu ainda nem havia me apresentado à noiva!!! hehehe


quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Maria Elisabeth Pinto Ferraz Luz Fasanelli

Eu tive o prazer de ser assessora dessa brilhante desembargadora que, mesmo após a descoberta do câncer no pulmão, continuou comprometida com os processos que lhe foram distribuídos e com o bom andamento de seu gabinete. Seu maior sonho era transformar esse terrível mal em uma moléstia crônica, para que pudesse voltar ao trabalho nos intervalos da quimioterapia. Infelizmente não se realizou.

O Judiciário Trabalhista perde uma magistrada honesta, guerreira, que brigava sempre pelo Direito e pelo Justo, não admitindo vistas grossas a cada caso em particular, tampouco fazendo lobby para ser promovida. De inegável saber jurídico, deixava todos que a cercavam boquiabertos de admiração por tanto conhecimento: juízes, advogados, partes, entre outros.

Obrigadíssima por tudo! Um exemplo a ser seguido certamente.

Segue uma singela homenagem realizada pelo jornalista Willian Vieira, publicada na Folha de São Paulo no dia 18.11.2007:

"Maria Fasanelli, uma respeitável toga.

WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Todos reconheciam um voto ou decisão da desembargadora Maria Elisabeth Fasanelli pela redação -impecável no texto e no estilo. O que a tornava, dizem os colegas, a "poetiza do tribunal".Apaixonada por textos jurídicos, escrevia cada um de forma "artesanal", à mão, revisando um por um quando digitados pelas secretárias. "Adorava um processo difícil", que a fizesse perder noites de sono, consultar cânones jurídicos e revisar "princípios básicos da justiça".Paulistana discreta, era sutil no tom pastel das roupas e no tom controlado da voz. Mas chamava a atenção dos funcionários do gabinete -porque "lia cada um dos processos que julgava da primeira à ultima página" e porque não usava o carro oficial ou o telefone do tribunal para assuntos pessoais.Formada pela Faculdade do Largo de S. Francisco, entrou para o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em 1984, quando seu marido, José Fasanelli, já era juiz no mesmo tribunal -ambos seguiram exatamente a mesma carreira, ele bem antes, por ser 30 anos mais velho. Ela foi desembargadora até os últimos dias.Que foram difíceis -ao descobrir o câncer, sua coerência exigiu honestidade do médico, que disse, sem rodeios, que ela não veria o novo ano. Morreu no dia oito em São Paulo, aos 57."

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

BAR DO LÉO

Alguém conhece o Bar do Léo? Não, não é aquele do centro, famoso, com chope delicioso. É um boteco, boteco meeesssmo, que fica na esquina da Sampaio Vidal com a Maria Carolina. Mas é tão agradável quanto, se não mais, porque além de servir Original, o preço é beeeemmm mais interessante. E é super bem freqüentado, os garçons são bacanas e o Léo – o senhorzinho dono do recinto – é gente finíssima! Vale provar também os diversos quitutes...hummm!!!

Eu recomendo!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O lazer de cada um

Finalmente mudei, e agora para o MEU próprio cantinho... meu e de Olhos Verdes. Espero não ter de mudar de novo pelo menos nos próximos cinco anos, pois já é a sétima vez em nove anos! O bom é que muita coisa velha foi para o lixo, até caderno de faculdade eu tinha ainda. Aproveitei para me desfazer de roupas que não usava mais e de sons/móveis/utensílios desnecessários para o novo apartamento.

Separei umas coisas para a Verinha, minha diarista, e eu e Olhos Verdes combinamos de levá-las no sábado para a casa dela no Jardim Ângela. Quando falei para ela no dia anterior que iria até lá, não parou de repetir: "não acredito que você vai até minha casa, não acredito!". Ela ficou toda empolgada. Uma figura.

Fomos recebidos pela Vera com muita euforia! O marido e sua filha estavam em casa também. Ficamos até um pouco sem graça, porque somos pessoas totalmente sem frescuras, tratamos igualmente a todos sem distinção. Eu e Verinha, por exemplo, tomamos sempre café da manhã juntas, conversamos, choramos e rimos, enfim, temos uma amizade acima de tudo. Mesmo assim, acho que para eles um "patrão" visitar sua casa é uma realidade distante, infelizmente...

Ao entrar na casinha deles (casa própria), eu e Sé nos surpreendemos. Apesar de pequenina (composta por uma sala-cozinha, um banheiro e dois quartos), não faltaram fogão, geladeira, microondas, TV, aparelho de DVD, som com CD, computador, enfim, tudo novinho e de última geração! Até brinquei com a Vera: "Poxa, Verinha, por que você quis esse meu som velho, todo zoado? O seu é bem melhor do que o meu!" Ela caiu na risada.

Tomamos todos uma cervejinha e aproveitamos comer a galinhada que a Verinha fez: galinha cozida em molho suculento, com arroz, feijão de corda e salada... coisa mais deliciosa! Só não repeti para não ficar feio e, afinal de contas, havia muitas bocas a serem sustentadas ainda. Ficamos proseando por um tempão, vi álbuns e mais álbuns dos familiares, eles contaram sobre o Ceará. Aliás, o marido disse ter prometido mandar um aparelho de DVD para sua família em Fortaleza. Verinha irresignada: "O povo de lá mal tem o que comer e quer luxar às nossas custas! Vem para São Paulo trabalhar, oras!". Mas as famílias super se ajudam (tanto as que moram lá, como cá)... é super bonito de se ver.

Eu e Olhos Verdes saímos de lá muito contentes, contagiados pela alegria deles! Refletimos sobre todo o contexto, sobre o que é prioridade para eles e o que não é. Na casa da minha tia – que visitamos logo em seguida – a TV é de mil-novecentos-e-bolinha, o som é de LP e eles não têm aparelho de DVD. Por outro lado, e com todo suor, os três filhos foram – e um ainda é – educados em colégios particulares. No meu apartamento a TV não é das mais modernas, comprei aparelho de DVD há apenas um ano (né, Tatinha?! rs) e não tenho som, mas consegui pagar minha faculdade, tenho carro e tenho também, agora, um teto. Fora as viagens que faço, ainda que da forma mais econômica.

Pois é isso! Eles não têm como pagar um colégio para as crianças, eles não têm oportunidade de viajar para conhecer lugares, eles não têm condições de sair para tomar cervejinhas em botecos. O lazer deles é, sim, ver uma boa TV aos finais de semana, ouvir um bom som, curtir um DVD, tudo na casinha. Crescimento, para eles, nas palavras de Verinha, é sinônimo de luxar, é a compensação pelo trabalho penoso de cada dia. Não se tratam de prioridades equivocadas, mas sim do direito de se divertirem como podem! E que bom que na baderna que estamos vivendo hoje em dia ainda exista uma ponta de esperança, ainda existam pessoas que tenham entretenimento. Acima de tudo, pessoas que não passam fome e têm um lar para morar...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

TRAVESSIA - 4º E ÚLTIMO DIA

Domingo – 09.09.2007

Dessa vez acordamos às 05h00 para ver o sol nascer. Ficamos de prontidão bem no marco do Pico dos Três Estados: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais ainda dormiam quando o dia começou a sorrir para a gente. O céu alaranjado denunciava a chegada do astro principal: mais um fascínio da natureza. Simplesmente lindo.

Desfrutamos o último café da manhã do alto das montanhas. Tiramos várias fotos, mentalizamos nossa gratidão e preparamos a bagagem para a marcha derradeira. Despedimo-nos do Rio de Janeiro e de São Paulo e zarpamos às 09h00 rumo a Minas Gerais.

Dessa vez a descida prevalecia... haja joelho para agüentar! De novo o bastão de montanhismo foi extremamente importante. Engraçado é que, apesar do corpo estar um bagaço, suportava facilmente, por habitual, a penosa caminhada. Acho que existe um piloto automático em nosso organismo!

Não menos imponente foi a pintura da volta. Passamos por lugares fantásticos, escalamos montes rochosos, atravessamos túneis formados por bambus. Cruzamos, ainda, um cume similar a uma passarela natural, em formato de arco. Coisa mais bela! Entendemos bem o porquê do nome "Serra Fina".

Horas depois iniciou-se uma trilha totalmente encoberta, mata fechada mesmo. Havia bambus, capins, galhos secos, folhas cortantes, entre outros que nem sei relatar. Flora sem igual. Sobe e desce sutil delineavam as passadas. Gostoso era sentar no chão para descansar debaixo daquela sobra refrescante. Bom tempo se passou até conseguirmos atingir novamente a luz.

Inacreditavelmente alcançamos um caminho de terra totalmente plano: bastava seguir em linha reta. Pernas? Andavam sozinhas, sem dor. Tirar a mochila causaria desequilíbrio, porque seu peso já estava adaptado ao corpo. Todos estavam sedentos, as garrafas vazias. Encontramos água só às 16h00. Terminamos de descer o Alto dos Ivos às 17h00.

Comboza esperava a galera na Fazenda Ecológica Engenho da Serra, em Pierre. A viagem de volta para Itajubá/MG foi outra nova aventura... duas horas e meia de estrada. Silêncio absoluto, ninguém conseguia falar nada. Observamos, da Dutra, a Serra Fina: jamais será a mesma! Na Triboo, às 21h00, todos se despediram. Vitória!

Quase 01h00 da madrugada, eu e Olhos Verdes chegamos em casa. Calados, direto para o chuveiro, banho demorado (que delícia!) e... cama!!! Quentinha, macia, tudo de bom. Adoramos a travessia, mas também não somos bobos! Conforto, de vez em quando, a gente gosta. No fim de tudo, apenas uma frase a dizer: valeu cada gota de suor.


quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Para não perder a meiguice...

CHUPA, BOCA!!!

TRI CO LOOOORRRR OOOO OOOO

TRAVESSIA - 3º DIA


Sábado – 08.09.2007

Apesar de muitos reclamarem do chão duro e do frio, eu dormi muito bem, obrigada! Talvez o árduo caminho do dia anterior tenha feito com que eu apagasse; o saco de dormir (potente até 4 graus negativos) também ajudou, claro. Acordamos com bastante frio, as barracas umedecidas pelo orvalho da noite.

Ficamos sob a sombra mesmo após o nascimento do sol. Dava para ver os picos das montanhas iluminados. Aos pouquinhos o Vale Ruah também foi contemplado pelos raios solares. O calor finalmente chegou: hora de ajeitar os mochilões e reiniciar a jornada. O relógio marcava 09h00.

Paramos num riacho ainda no Vale Ruah para abastecer as garrafas d’água. Orled alertou-nos para levar o máximo de água possível, pois não haveria mais fonte ao longo do caminho até o final da tarde do dia seguinte. Os rapazes aproveitaram para mergulhar, alguns até peladões, mas eu me limitei a colocar a perna até o joelho: não dava para agüentar a dor de tão gelada que estava! Imagino eles...

Percorremos, de novo, os mais diversos cenários: desde passar por matagais, por vezes formando túneis, até caminhar literalmente sobre as cristas das montanhas. Ao mesmo tempo que dá imenso prazer de poder viver e presenciar cada momento dessa experiência, dá também a sensação de sermos insignificantes diante daquela imensidão, que nem sequer imaginávamos um dia conhecer. Quem, viajando pela Dutra, iria imaginar que, naquele momento, pessoas caminhavam lá no alto, acima das nuvens? É inexplicável.

A beleza é realmente exuberante e dava para ser admirada por todo o trajeto com mais calma do que no primeiro dia. Apesar de ser longo o percurso, havia menos subidas e descidas. As grimpas formavam quase que uma linha reta, por vezes expostas ao sol (e como estava quente!!!), por vezes encobertas pela vegetação. A cada cocuruto conquistado, nova paisagem nos presenteava. Abismos ecoavam nossas vozes.

Dessa vez eu, Olhos Verdes e Jão tomamos a dianteira. Deu tempo de descansar, observar ao redor e esperar os demais chegarem para a retomada da caminhada. Precisaríamos vencer ainda uma ladeira e uma subidona para atingir o Pico dos Três Estados. Eram 15h30min. Chegamos ao cume às 17h00! No Pico dos Três Estados estávamos, simultaneamente, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Um passo representava a linha limítrofe.

No meio de tanto capim, apenas seis espaços abertos para acampar. Eu e Olhos Verdes montamos nossa "suíte" em Minas Gerais, isolados dos demais. Cada um armou a barraca num Estado diferente. Corremos arrumar as coisas, colocar roupa de frio e fomos todos para a pedra assistir ao pôr do sol. Que coisa mais incrível! Ficamos em silêncio, só admirando o momento. O sol despedia-se atrás das montanhas que nos cercavam. Já era noite na cidade há muito, mas as nuvens estavam abaixo de nós...

Jantamos sob estrelado céu, em clima de despedida. Curtimos ao máximo o instante, a última noite juntos. Ganhamos até estrela cadente como recompensa! Mas fazer pedido para quê? Dias maravilhosos, visuais maravilhosos, com pessoas maravilhosas... e ao lado da pessoa que eu amo (Olhos Verdes). Só agradeci! Fomos dormir extasiados.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Obrigadíssima!!!

Final de semana de aniversário maravilhoso!

Obrigada a todos pela companhia sábado: Olhos Verdes, Danicas, Ná, Tatinha, Lulis, Deborinha e Edu, Rê e Lê, Rê e Mello, Lu e Thiago, Ju e Oliveira, Quel e Maurício, Fefas e Daniel, Mari e Gustavo, Anita, Dézinho e Marcela, Tiaguinho, João, Dudu, Má e Tato, Ana Maria e Gustavo, Gabi e Monstro, Tom, David, Rogério, Daniel.

Domingueira comemoração em família: churrascão com meus pais, meu irmãozinho, meu irmão e minha cunhada, meus sogros, minha cunhada e namorido e, claro, Olhos Verdes! Amo!

Agora é só aguardar a mudança de endereço, muito em breve... ho ho ho

VALEU!!!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Vai um exame médico aê?!

Tudo bem que neste país as coisas são jogadas, dá-se jeitinho para tudo, mas a forma que foi meu exame médico para renovação da CNH é uma vergonha! Todos sabemos que não se exige muito nessas consultas, mesmo. Mas pedir nada já é demais!

Meu espanto é por ter OITO GRAUS E MEIO DE MIOPIA (sim, acreditem!!!) e o médico nem sequer perguntar se eu usava lente de contato ou algo do tipo. Atendimento fast food total, sem menor preocupação com o efetivo estado de saúde do cidadão. Imaginem a quantidade de condutores com ZERO de condição para dirigir....

Cheguei na recepção, entreguei meus documentos e determinaram que eu aguardasse no sofá do corredor:

- EXAME MÉDICO?! (gritou alguém)

Eu fiquei quietinha, esperando que chamassem meu nome. Mas de novo:

- TEM ALGUÉM AÍ PARA FAZER EXAME MÉDICO?!

Resolvi entrar na sala. O tal médico, que nem me convidou para sentar, indicou três lugares no formulário para eu subscrever. Assim obedeci.

- Enfia o olho aí nesse aparelho e leia as letrinhas para mim.

- f j n q r s t

- De novo!

- v m o x n q u

- Ok, entregue o formulário na recepção.

Fui até lá, passei um borrachão de R$ 47,00 por essa m**** e tomei rumo para o trabalho. Absurdo, não?!

Só faltou um "obrigada, volte sempre!".

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

TRAVESSIA - 2º DIA


Sexta-feira – 07.09.2007

Acordamos por volta das 06h00 com o galo cantando. O dono do sítio onde acampamos em Paiolinho apareceu para nos fazer companhia durante o café da manhã. Velhinho estilo fazendeiro, com seu chapéu de peão e botinão. Simpático, conversador, trouxe um livro para registrarmos que passamos por lá. Ele adora receber os montanhistas e aventureiros.

Partimos para nossa “caminhada” pouco antes das 08h00, mas o sol já estava a todo o vapor sobre nossas cabeças. Antes mesmo de iniciar a subidona, o suor começava a escorrer pelo corpo. Andamos por entre os matos sem parar umas duas horas e meia seguidas, sempre para cima e desviando das folhas, galhos que bloqueavam a trilha. Fizemos, então, a primeira parada de descanso às 10h30min. Pausa para água, bisnaguinha, salame e granola.

Uns vinte minutos depois voltamos ao tracking... e dá-lhe subida! Falando assim, parece até fácil. Mas ia ficando cada vez mais penoso. Saímos do meio do matagal, fazendo com que o sol na cuca dificultasse ainda mais a escalada nas pedras. Bendito seja quem inventou o bastão de montanhismo! Agora eu entendia o quão necessário este acessório. Sem ele certamente as pernas não agüentariam o tranco. Poucas vezes o soltava para literalmente agarrar nas fendas das pedras e obter equilíbrio e impulsão nos rochedos íngremes.

Horas depois de subida, num dado momento, envolvida pelo cansaço, meus pés escorregaram e eu quase caí. Minhas mãos agarraram-se na pedra e Olhos Verdes conseguiu me segurar pelo mochilão... ufa! Um susto! Resolvemos dar uma breve parada para recuperar o fôlego. Daí tudo começou a rodar, minha visão ficou turva e eu senti que ia desmaiar. Olhos Verdes segurou-me de um lado e Orled, do outro, jogou água na minha nuca. De repente vomitei, e a luz voltou. Melhorei em seguida. Orled disse ser natural acontecer isso. O esforço excessivo fez com que a pressão baixasse e eu passasse mal. Fiquei um pouco ressabiada, afinal de contas era apenas o primeiro dia de ralação... será que iria agüentar até o final da trip?

Mas adquiri uma disposição incrível após o ocorrido e rapidamente conquistei nosso primeiro pico. Dessa vez foi Olhos Verdes quem ficou um pouco para trás, tentando vencer a fadiga que começava a torturá-lo. Nosso amigo Jão, ao contrário, no pique total, sempre! O relógio já apontava umas 13h00!!! Terminada a parte treta da escalada e finalmente recuperados, a linda paisagem que nascia motivava a chegada ao cume. A expectativa aumentava, o desejo da conquista também. Passou a fazer parte do corpo, inconscientemente, a mochila e seu peso. Imagens inesquecivelmente belas emergiam... desbravamos o Alto do Capim Amarelo!!!

Guiados pelos totens feitos de pedras, atingimos o cume principal, o quarto maior do Brasil: a Pedra da Mina com 2.797 m de altitude! Um caderno de assinaturas protegido por uma caixa de ferro registra o feito de milhares de aventureiros dos mais diversos lugares. Eu, Olhos Verdes e todos os outros gravamos a nossa presença! O cenário e o sentimento são realmente indescritíveis: a lassidão cede lugar ao fascínio da vitória; as montanhas nos presenteiam com sua misteriosa beleza. Parece exagero, mas a sensação é mesmo alucinante.

Contemplamos a Pedra da Mina e a vista ao redor por cerca de uma hora e meia. Aproveitamos comer e descansar um pouco. E, antes que escurecesse, seguimos adiante, dessa vez descendo em direção ao Vale Ruah. Localizado na nascente do Rio Verde, o Vale Ruah também é incrível: totalmente plano e extenso, rodeado de montanhas por todos os lados e encoberto por capins de quase dois metros! Montamos acampamento em um de seus clarões.

A noite foi beeeeemmmm fria, chegou a dois graus negativos! Ainda bem que meu saco de dormir era potente e ainda tinha o Olhos Verdes ao meu lado para me deixar mais quentinha. A água sobre as barracas chegou a ficar congelada. Mas, depois da longa jornada, nem chão duro impediu que o sono viesse.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

TRAVESSIA – 1º DIA

Para entender essa aventura, vale explicar o que é e onde se situa a Serra Fina. É o conjunto de montanhas que fica na divisa tríplice dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais ao longo da Serra da Mantiqueira. Ela abriga o quarto cume mais alto do Brasil: a Pedra da Mina com 2.797 m. Acolhe, ainda, o Alto do Capim Amarelo e o Pico dos Três Estados. A Serra Fina situa-se entre o maciço do Marins-Itaguaré e o maciço do Itatiaia, onde encontramos o Parque Nacional do Itatiaia e o Pico das Agulhas Negras. Este, aliás, ao contrário do que se imaginava, é o quinto cume mais alto do Brasil, perdendo para a Pedra da Mina.

Quinta-feira – 06.09.2007

Eu e Olhos Verdes fomos trabalhar bem cedo e às 13h00 já estávamos na estrada. Fizemos apenas uma parada para comer alguma coisa. Chegamos em Itajubá/MG por volta das 16h30min, tempo suficiente para fazer o mercado e arrumar nossas mochilas. A Triboo foi o ponto de encontro da galera: nosso guia Orled e mais sete aventureiros (eu, Olhos Verdes, Jão, Artur, Ronaldo, Christian e Jorge). Lá todos alertaram que quanto menor a bagagem, melhor... mas eu fui sentir na pele só ao longo da caminhada, mesmo.

Portanto, o primeiro passo para fazer uma travessia é saber o que levar e como organizar a mochila. Deixo já minhas dicas:

1. um Sleeping Bag (para até 4 graus negativos, de preferência)
2. um isolante térmico
3. uma barraca para no máximo dois lugares (leve e pequena, especial para trilhas)
4. panelinhas, talheres e fogareiro de camping
5. escova, pasta de dente e uma toalhinha de rosto
6. uma calça que vira bermuda para todos os dias (boa para caminhada)
7. uma camiseta dry-fit e um top para todos os dias
8. uma blusa comprida de algodão para dormir
9. um casacão de frio para dormir
10. uma calça fusô de lã para dormir
11. luvas, gorrinho e boné
12. três pares de meia para caminhada e um par para dormir (de lã ou algo do tipo)
13. três calcinhas e/ou cuecas
14. um par de tênis confortável
15. um bastão para montanhismo
16. protetor solar
17. uma lanterna de cabeça
18. máquina fotográfica
19. um pacote de lenço umedecido perfumado (esse mesmo, de limpar bundinha de neném!!! rs)
20. dois rolos de papel higiênico

Para comer: bisnaguinha, pão, salame, todinho, miojo, sopas de saquinho, granola, castanha, uva passa, barrinha de cereal etc. Alimentos leves de carregar, com preparo prático e o suficiente para os três dias. Fazer as contas de três jantares, três almoços, três cafés da manhã e lanches ao longo da caminhada. Levar no primeiro dia, ainda, 2 litros d’água cada pessoa.

Bom, saímos da Triboo (Itajubá) às 20h00 de kombi. A viagem na "komboza", só por só, já foi uma aventura!!! Tudo escuro, estradinha de terra e íngreme, muitas curvas e um motorista para lá de veloz. Tivemos de saltar da kombi várias vezes para que conseguisse subir no embalo. Chegamos em Paiolinho/MG às 22h30min e, em vez de caminharmos as duas primeiras horas à noite, Orled achou melhor acamparmos por lá mesmo.

Com as lanternas na cabeça montamos nosso acampamento. Hora da janta!!! Jão fez para nós três um risoto instantâneo bem gostoso. Acho que era de carne seca, não lembro direito. E logo fomos dormir... ou melhor, tentar! Além do frio que passamos (porque eu e Olhos Verdes, "espertos", achamos que não seria necessário dormir no sleeping bag), de repente, um tremor incessante. Sacudi o Olhos Verdes perguntando: "O que é isso? Que barulho é esse?". Ele abriu a barraca e havia um cavalo branco com a cabeçorra bem na nossa porta. Nosso amigo ainda ficou perambulando um tempão até ir embora, fiquei com certo medo dele passar por cima da gente durante o sono. Mas finalmente conseguimos dormir.

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Olhos Verdes: amo você muitoooo!!! Esse ano passou rapidinho e foi maravilhoso. Passaremos outros milhares, sempre juntos! E logo mais no nosso apezinho. Sua "baixinha". (16.09.2007)

terça-feira, 11 de setembro de 2007

TRAVESSIA DA SERRA FINA

Depois de longo tempo sem escrever por aqui (muita correria, promoção profissional, trabalho dobrado, compra do apezinho, contagem regressiva para comemoração de um ano com meu Olhos Verdes e do meu aniver... tudo coisa boa!), resolvi registrar a experiência vivida nesse feriado.

Vale destacar primeiro o roteiro de nossa trip, só para se ter uma vaga idéia do que passamos. No próximo post contarei como foi essa aventura literalmente extra difícil!!!

"Logística de Expedição:

Travessia da Serra Fina
Paiolinho - Pierre

Antes de tudo você deverá tomar conhecimento da aventura que irá participar. Pergunte, não tenha vergonha de perguntar, para que assim você possa desfrutar desta experiência sem problemas. Para isso, é necessário que você esteja bem preparado e consciente do que irá fazer. E preste bem atenção, esta atividade é uma aventura e não ecoturismo.

DADOS

Dias: 06, 07, 08 e 09 de Setembro de 2007.
Montanhas: Pedra da Mina (2.797m) e Três Estados (2.656m)- Localizada na Serra da Mantiqueira
Rota: Paolinho – Passa Quatro
Dificuldade: Extra Difícil
Guia: Orlando Mohallem.
Transporte: Kombi – 8 lugares
Equipe: 7 pessoas + 1 guia.
Local da Saída: Quinta dia 06 as 20:00h na Triboo! (Av. Capitão Gomes, 222 – Boa Vista - Itajubá –MG)

1º Dia
Acampamento 01 – no Paiolinho.
Caminhada de 2 horas até o primeiro acampamento. Local onde há água e espaço suficiente para 4 barracas. Para ganharmos tempo, escolhemos este local para acampar e iniciar cedo a caminhada de sexta feira. Levar 2 litros de água.

2º Dia
Subida Pedra da Mina > Vale Ruah.
Início da Caminhada: Sexta 9:00h
Caminhada: Em média 6 horas até o cume da Pedra da Mina (2.797m), após descanso, assinatura no livro de cume e fotos desceremos em 1 hora ao acampamento 02 localizado na nascente do Rio Verde, local batizado de Vale Ruah. Levar 3 litros de água.

3º Dia
Vale Ruah > Pico dos Três Estados.
Início da Caminhada: Sábado 9:00h
Caminhada: Em média, 6 horas até o cume dos Três Estados (2.656m). Em seu topo há 6 áreas de acampamento. Levar de 4 a 5 litros de água.

4º Dia
Descida Alto dos Ivos - Fazenda Ecológica Engenho de Serra (Pierre).
Inicio da Descida: 9:00h
Caminhada: Em média, 5 horas até a Fazenda Ecológica Engenho de Serra para resgate da Kombi"

terça-feira, 7 de agosto de 2007

E a liderança continua...

Bolão da ESPN entre os amigos:


01º ALINE 882

02º rafael cavalca 786

03º Andre Luis Miranda Ribeiro 765

04º Pablo Perez de Landazabal Kazon 744

05º DANILO CARVALHO 741

06º Tiago Silva Leme 723

07º Sérgio Frederico Monteiro Sunahara 717

08º Vitor Miki 699

09º Alexandre Coutinho 645

10º Gustavo Novaes 627

11º Marcus Vinícius Martins dos Santos 603

12º Daniel Cavalca 549

13º lincon prado 543

14º FELIPE GOMES 486

15º Bruno Diniz Betcer 333

16º Rafael Zampa 249

17º Rodrigo Keniti 177

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

"Concursite, doença que ataca os jovens, faz mal ao Brasil"

Eu sempre fui uma pessoa decidida desde pequena, com personalidade forte. Minha vocação profissional, já aos 13/14 anos, estava mais do que definida. Embora tenha nascido e crescido ao lado de jornalistas, embora seja doente por futebol, era a faculdade de direito que eu queria cursar, e ser juíza certamente seria (e ainda é) o meu destino.

Logo no primeiro ano de faculdade, prestei concurso, passei, o que me levou a trabalhar diretamente com processos. Assim, antes de colar grau, eu também já sabia em que área atuar. Meses antes da formatura, fui promovida à assistente de juiz. Posteriormente, no meio do curso de pós-graduação, fui promovida à segunda instância. E, daqui a um mês, se tudo correr bem, serei promovida à assessora de juiz de segunda instância.

Próximo passo é a magistratura, que eu tanto sonho, que eu sempre quis. Isso é vocação. Amor ao trabalho. Gostar muito do que se faz. Ter prazer em fazer as coisas certas, bem feitas e com honestidade. Como bem disse Raul Haidar no texto abaixo, "não basta fazer o que gosta, é indispensável gostar do que se faz". Nada de concursite, nada de pretensa segurança e estabilidade. É vocação, é sonho.

"A morte dos sonhos
Concursite, doença que ataca os jovens, faz mal ao Brasil
por Raul Haidar


Ao lado da doença infecto-contagiosa chamada "juizite", cujo causador é um vírus chamado "megalomanus arrogantis", infelizmente existe outra doença, mais recorrente, chamada "concursite" , causada pelo vírus "ilusioni securitates" .
Como sabemos, a juizite ataca bacharéis em direito que se tornam magistrados, quando eles não possuem verdadeira vocação para fazer justiça.
Algumas das vítimas do vírus “megalomanus arrogantis” acabam adquirindo os piores sintomas da doença: alergia a contatos com advogados, falta de vontade de trabalhar e delírios alucinantes, que os fazem se imaginar superiores ao resto da espécie humana.
A concursite é uma doença mais recentemente descoberta, mas muito pior. Ataca não apenas bacharéis em direito, mas qualquer pessoa que ingressa numa faculdade sem saber bem o que quer ser quando crescer.
Com o avanço da tecnologia e das ciências em geral, atualmente temos uma enorme quantidade de profissões, especializações e cursos supostamente “superiores”, de tal forma que o pai que pensa em dar uma “profissão” ao seu filho fica perdido, pois não há mais como orientar a carreira de ninguém.
O jovem também fica perdido. Mais cômodo, mais simples , mais óbvio, pode ser seguir a profissão dos pais. Talvez isso explique porque a minha filha mais velha é advogada. Claro que na genética existe explicação para isso. Tanto que a mais nova é jornalista (coitadinha! ) e a do meio, talvez por conhecer alguns dos meus clientes, abandonou a contabilidade e está se dedicando à psicologia.
Mas a tal concursite acaba de certa forma atacando muitos dos jovens que hoje entram na faculdade.
Um dia, em certa faculdade, perguntei a uma caloura porque ela havia se matriculado e a resposta veio fácil: para fazer um concurso. Só que ninguém sabia para qual carreira pública. Vocação, mesmo, a moçoila tinha apenas para um emprego público, onde segundo ela existe uma tal de “segurança”.
Recentemente uma revista publicou reportagem sobre os concursos públicos. E o que me chamou a atenção foi uma pessoa que havia sido aprovada para policial rodoviário e que foi fotografada com seu uniforme. Segundo a reportagem, esse policial estava se preparando para os próximos concursos de delegado, procurador, juiz, defensor público, assessor legislativo, etc. etc. .
Essa terrível doença, que é infecto-contagiosa, a concursite, faz um mal tremendo não só às suas vítimas, como ao Brasil.
O doente é prejudicado, pois só tem duas hipóteses: ou ele é uma pessoa sem sonhos, sem ideais, sem esperanças, ou está abrindo mão, renunciando ou trocando esperanças, ideais e sonhos por meras ilusões, suposições ou frustrações futuras.
O discurso desses desafortunados pacientes é sempre o mesmo: quer ser funcionário público por causa da segurança, de bons salários, da aposentaria, das férias, ou mesmo da ridícula idéia de serem “autoridade” ou mesmo tratados de “excelência”. Isso tudo é muito triste.
Segurança é a mais ilusória de todas as ilusões humanas. No mundo atual segurança não existe. Que o digam os moradores dessa fortalezas medonhas chamadas “condomínios fechados” quando sofrem arrastões praticados pelos moradores da favela vizinha. Ou aquele sujeito que andava armado e foi baleado com a própria arma. Segurança de receber salário todo mês? Pode ser. Mas isso será que vale mais que os sonhos? Paga as esperanças? Compensa o abandono dos ideais?
A aposentadoria mais cedo ou mais tarde vai mudar para pior. Nenhum país pode suportar aposentadorias precoces, de pessoas que no dia seguinte já estão trabalhando e muitas vezes no próprio serviço público. Em qualquer país que pretenda desenvolver- se, em breve só poderá haver aposentadoria por idade (no mínimo 75 anos) ou por absoluta invalidez.
Férias, tudo bem. Mas no limite razoável de 30 dias por ano. Muito embora existam pessoas que não deveriam ter férias, pois não trabalham, apenas enganam. Chegam sempre tarde, saem mais cedo. Ainda bem que são raríssimos esses casos.
O pior mesmo no serviço público é o concursado ter um chefe idiota, o que, aliás, é muito comum.
Quando o idiota é eleito pelo povo, tudo bem. Afinal, o povo quase sempre merece quem elege.
Mas há funcionários concursados de bom nível, sérios, dedicados, cujos chefes são meros apadrinhados políticos, sem competência ou sem apetência para o trabalho.
Conheço uma brilhante advogada que prestou concurso e tem como chefe uma pessoa que não serve nem para carregar a pasta de sua subordinada. O único talento do chefe e razão de sua nomeação é estar filiado ao partido que está no poder e ser um puxa-saco de carteirinha.
A concursite também causa muito prejuízo ao governo. Quando aquele policial rodoviário passar no concurso de delegado, haverá uma vaga de policial a ser preenchida. Novo concurso, novos treinamentos e talvez quando o substituto estiver treinado, terá que novamente ser substituído. E assim indefinidamente, até que um policial vocacionado, que tinha o sonho de ser policial e não apenas ocupar o cargo, venha a ser admitido. O Brasil perde muito com isso.
Parece razoável supor que uma pessoa que ingresse na faculdade de engenharia pretenda ser engenheiro. Mas por causa da concursite isso é só uma suposição. Nos últimos anos muitos engenheiros se tornaram auditores fiscais. Até aí, nada demais. O engenheiro tem bom raciocínio lógico e isso facilita a aprovação nos testes de múltipla escolha.
Mas de repente um engenheiro eletricista que virou auditor fiscal é promovido a inspetor fiscal, chefe de repartição aduaneira. E, nessa qualidade, pratica ato ilegal, contra o qual é concedida liminar em mandado de segurança.
Vai daí que a agora autoridade, engenheiro eletricista ignorante em questões jurídicas tanto quanto um advogado face às funções básicas de uma bobina elétrica, arvora-se em “interpretar” a decisão judicial e atreve-se até a considerá-la “inadequada” ! Mais uma vez é o sapateiro indo além das sandálias. Com isso, queixa-se o fisco de uma suposta “indústria de liminares”, olvidando-se da indústria de normas ilegais, muito mais próspera.
Por causa da concursite, muitos bacharéis em direito que passaram os cinco anos de faculdade no boteco, ingressam nessas milionárias indústrias de ensino preparatório e ali ficam anos a fio, até serem aprovados no próximo concurso.
Alguns ingressam no MP e se dedicam ao preenchimento de dados estatísticos, vangloriando- se de terem colocado na cadeia um bom número de pessoas, mesmo que estas, depois, sejam absolvidas. Não são eles, os que erram, que pagam pelos seus erros, mas a sociedade.
Outros bacharéis se tornam juizes e, acometidos da juizite, chegam a lamentar (será o pecado da inveja?) quando algum advogado ganha honorários expressivos. São raríssimos, todavia, os que se arriscam ao pedido de exoneração para advogar. Preferem “arriscar-se” na advocacia, logicamente depois de acomodados em boa aposentadoria. E o que é pior: clientes ignorantes chegam a imaginar que o servidor público aposentado (é isto que eles são!) é um profissional melhor que os outros.
Venho fazendo, desde 2004, uma série de palestras sobre o tema “A Fórmula do Sucesso na Advocacia”. Cerca de 5 mil jovens advogados e estudantes já as assistiram. E a mensagem mais importante que procuro transmitir é que a única finalidade da criatura humana é ser feliz. Quem tiver vocação para o serviço público certamente será feliz. Mas não basta fazer o que se gosta. Mais que isso, é indispensável gostar do que se faz. Quem conseguir isso não contrairá nenhuma das doenças aqui mencionadas
".

*Raul Haidar é advogado e jornalista profissional.
Revista Consultor Jurídico, 30 de julho de 2007

segunda-feira, 30 de julho de 2007

"Lenha" - Zeca Baleiro

eu não sei dizer
o que quer dizer
o que vou dizer

eu amo você
mas não sei o quê
isso quer dizer

eu não sei por que
eu teimo em dizer
que amo você

se eu não sei dizer
o que quer dizer
o que vou dizer

se eu digo pare
você não repare
no que possa parecer

se eu digo siga
o que quer que eu diga
você não vai entender

mas se eu digo venha
você traz a lenha
pro meu fogo acender

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Em vinte e quatro horas tudo pode mudar

Plagiando o bordão da Band News, rádia da querida Tatinha, é que consigo definir minha vida nessas últimas vinte e quatro horas. Realmente, tudo pode mudar... tudo mesmo!!! A reviravolta, a ansiedade, o gostinho por novos desafios, a possível promoção, a não promoção, a promoção melhor ainda, o indefinido e o finalmente definido... tudo, tudo, em vinte e quatro horas!

Será que houve uma guinada de 180°? Ou de 360°, e ficou tudo na mesma? Não sei, pode ser que sim, pode ser que não. O definido, por mais estranho que pareça, ainda é indefinido. A pequena promoção, nem sequer esperada e surgida de repente, não rolou. Mas a maior promoção, nascida de surpreendente contraproposta, está de pé, porém como mera expectativa de direito, dependente de acontecimento futuro certo, mas não tanto assim.

Confuso, né?! Pois é! Imaginem minha cabeça nessas loucas vinte e quatro horas!!! Aliada aos fatos ocorridos, aflora a circunstância de que eu retornei de férias só na segunda-feira. Quanta coisa, quanta novidade, quanto suspense, quanto nada... ou será tudo?! Bom, deixa o tal acontecimento futuro certo (?) rolar, não é mesmo?! Enquanto isso, tudo igual.

Opa! Tudo exatamente igual, não. Muito melhor do que antes. Ganhei meu Olhos Verdes de presente de aniversário no ano passado, e com ele um caminhão de coisas boas veio junto. A primeira ascensão foi uma delas. Agora, a história se repete. Ontem começamos a "dividir as escovas de dente", e com os Olhos Verdes ao meu lado de novo surgiram novidades: oportunidades e propostas maravilhosas! É por isso que amo muito, para sempre. Isso sim super definido.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Especialista em Direito Público!

Até que enfim uma ótima notícia, em meio a tragédias e desastres acontecidos. Agradecendo a Deus, desde já, por meu Olhos Verdes ter passado no local do acidente apenas quinze minutos antes, mas o tempo suficiente para não ser atingido. Solidarizo-me com os familiares que perderam entes queridos e sofrem profunda dor... eu sinto muito.

Após um ano e meio do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Público, finalmente o título e o diploma! Está na mão, bem fresquinho. Agora só falta sentar as nádegas na cadeira e mergulhar de cabeça nos estudos, para realizar o meu sonho profissional. Não, não é fácil, é preciso ter muita disciplina. Mas, passo a passo, chegarei lá.

Ah! Olhos Verdes, amo muito! Obrigada pelos dez meses! Não vejo a hora de termos nosso cantinho...

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Férias!!!

Onze diazinhos... dia 23 eu volto!!!

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Ah!
Alguém consegue para mim um apê com 2 ou 3 dormitórios, uns 80 m2, 2 vagas na garagem, condomínio e IPTU baixos e por um valor menor ainda?!?!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Sobrinha Cadela

Finalmente conheci minha sobrinha. É linda e chama Branca! Uma Schnauzer inteira preta, filhotinha. Figura! Brava que só, mas muito esperta. Quando ela faz xixi ou cocô, "seus pais" (meu irmão + minha cunhada) logo limpam suas patinhas e seu bumbum com lenço umedecido perfumado, parece mesmo um neném. Meu pai, no auge dos seus 63 anos, não acreditava no que via: "quem diria que eu ia ter uma neta cadela!"

Depois de brincarmos bastante com Branca, fomos todos à pizzaria (Eu, Olhos Verdes, Irmão, Cunhada, Irmãozinho, Pai e Mãe). Impossível não dar risada com essa Família Trapo! Foi uma noite bem gostosa.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Sonho

Sonhei que estávamos num grande almoço de um sábado ensolarado: eu, Olhos Verdes, irmãos, cunhada, , Lulis, Tata, Danicas, Thatá e outros tantos familiares e amigos. Fui ao banheiro e, logo atrás de mim, apareceu minha cunhada. Ela dizia como tinha sido boba de invocar com a ex do meu irmão (que também é minha amiga), que estava tudo bem e que agora se deu conta que o lance deles realmente ficou no passado. Até admitiu, sorrindo, que ela era legal. Achei maravilhoso, pois adoro minha cunhada e gostaria de ver todos convivendo bem, mas estranhei o comentário naquele momento: por que raios será que tocou no assunto ex-cunhada?

A resposta veio imediatamente. Ao retornar do toalhete, a surpresa: estavam todos presentes, TODOS mesmo! Ex-namorada(os) e atuais namorada(os), confraternizando, rindo e, claro, bebendo muito. Abracei minha ex-cunhada e cumprimentei o atual dela. Aliás, ele é um dos melhores amigos dos meus Olhos Verdes, gosto muito dele. Avistei meu ex e acenei de longe. Estranhei o topete feito com gel (será?! rs). Fui em seguida falar com sua atual: "Opa, finalmente nos conhecemos! Que bom, agora acaba qualquer mal-entendido". E risadas não faltaram!

Bom seria se a vida fosse realmente cor-de-rosa assim, igualzinha ao blog da Debrinha. O que já foi, já era, e hoje a galera se dá muito bem. Mas, lamentavelmente, nós temos o defeito de encanar com o que já passou, e muitas vezes esquecemos de viver o presente. Eu mesma cometo desse pecado de vez em quando. Confesso que pensei alto, já acordada: "Ainda bem que a ex dos meus Olhos Verdes não foi no almoço!".

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Amvep

Nossa amizade nasceu na faculdade e, sempre que possível, nos encontramos para colocar o papo em dia, contar as novidades, manter contato. Só que, após quatro anos de formadas, esses encontros tornam-se cada vez mais escassos. E, dessa vez, quase um ano se passou para que acontecesse, mas finalmente conseguimos.

Das oito amigas, apenas uma não foi, porque mora em Black River. Fez uma falta danada. Agora que estamos crescidas e com responsabilidades mil, fica muito difícil conciliar agendas, horários e compromissos para uma reuniãozinha. Apesar das dificuldades, comparecemos as sete!

Engraçado como a vida da gente muda! Duas casadas, uma casa agora em julho, uma encaminhada, uma namorando e outras três solteiras. As conversas envolvem profissão, casamento, dinheiro (ou melhor, a falta dele...rs), futuro, valendo destaque, também, para as artes e lembranças do passado... tempo bom que não volta mais. Mas o presente, foi fácil a constatação, está muito melhor: todas crescendo profissionalmente e muito bem acompanhadas... euzinha, inclusive!

Demos boas risadas! Pena ser tão difícil manter a regularidade desses acontecimentos. Mas uma coisa é certa: amizade verdadeira é mesmo para sempre. Pode passar o tempo que for.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Feliz Aniversário, Pai!

Nascido aos 22 de junho de 1944, Papai teve uma infância bastante conturbada. Sua mãe, logo que deu à luz, foi acometida pela tuberculose, doença contagiosa e de difícil cura na época, tendo de ser internada e afastada do convívio dos familiares. Seu pai, em razão de brigas com a esposa e com a família desta, foi proibido de ter contato com a criança. Resultado: Papai foi criado como se fosse filho de seus avós, e como se fosse irmão da tia e de sua própria mãe.

Ocorre que, por milagre dos céus, após sete anos de internamento, sua mãe voltou para casa curada. Assim, aos 7 anos de idade, Papai finalmente descobriu que a enferma irmã era, na verdade, a mãe. Também ficou sabendo, de conseguinte, sobre a existência do pai, porém foi conhecê-lo só quando completou 14 anos de idade. Mas, por infelicidade do destino, um mês depois seu pai faleceu num acidente de trem, frustrando a oportunidade de se conhecerem melhor.

Mesmo com tantas adversidades, Papai tornou-se um homem honesto, correto e de enorme coração. Casou-se aos 33 anos e teve três filhos, os quais educou com muito carinho e amor. Homem admirável! Não sei dizer quantos teriam a mesma garra e força para superar tantos infortúnios e ainda por cima conquistar tudo o que conquistou na vida! Uma profissão digna (bancário e jornalista), uma linda mulher e três filhos muito bem educados... trinta anos de casamento!

Pai, parabéns!!! Obrigada por tudo! Que essa data se repita por muitos, muitos, muitos anos. Amo você!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Cozinha Natural com Sabor da Índia

Curiosidade. Foi isso que nos levou a subir as escadas do restaurante Gopala. Em princípio, achávamos que lá era um puteiro, já que das janelinhas voltadas para a calçada dava apenas para ver um ambiente meio avermelhado, sem muita iluminação. Mas logo em seguida descobrimos sua deliciosa cozinha indiana lactovegetariana.

Depois de tomar umas cervejinhas no boteco da esquina com meus Olhos Verdes, resolvemos encarar o tal Gopala. E foi uma delícia! Lugar aconchegante, de cheiro calmo e melodia indiana. Sentamos numa mesinha próxima à janela, ao lado do deus Ganesha e do quadro da deusa Lakshmi. Impossível não relaxar e entrar no clima dos deuses, do mistério e, por que não, do romantismo!

Os pratos são exóticos e muito saborosos. O cardápio traz receitas levemente picantes até bastante apimentadas, mas os paladares suaves e sensíveis também encontram guarnições maravilhosas. Só há um porém: nós, bebuns de plantão, temos de abrir mão da deliciosa cervejinha-pinguinha-vinhozinho, enfim, para dar lugar aos diferentes sucos naturais, regados a rosas e iogurte. Lá não vende bebida alcóolica! Mesmo assim, vale muito a pena, pode confiar.

Leigos e indecisos diante de tantas iguarias, eu e Olhos Verdes resolvemos aceitar as sugestões da simpática Karina, linda garçonete de voz mansa e sorriso largo. Não me recordo o nome dos pratos, um lapso, os quais eram compostos por vegetais diversos, legumes, carne de soja, feijão com não-sei-o-quê, macarrãzinho parecido com aquele cabelo de anjo... tudo muito bom! O sabor sensualmente picante! Tomamos um suco de limão com rosas e o outro com iogurte. Aliás, Karina nos ensinou que apenas o iogurte consegue quebrar o ardor dos alimentos, nada mais. E é verdade! Por fim, pedimos as sobremesas... outro desvario! Heresia não prová-las.

Interessante também é visitar o mestre-cuca, natural da Índia, que usa turbante e tudo. Para quem sabe falar inglês, rende um bom papo. Mas quanto aos ingredientes que tornam o menu excitante, só revela uma coisa: são enviados diretamente da Índia por seus familiares. Ele é casado com a filha da proprietária do Gopala, brasileira, que, apesar de ter apenas 22 anos, já rodou o mundo.

Saímos de lá com gostinho de quero mais, e voltaremos! Bom, o final da noite nem preciso dizer, basta o sorriso... : )))

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Deusa Lakshmi – ou Shri, é uma deusa indiana que personifica a fortuna e a riqueza. Representa, também, a corporificação da amabilidade, generosidade, encanto, beleza da fartura e da saúde.


Deus Ganesha – o deus-elefante nasceu do sândalo raspado que caía do corpo da deusa Parvati (deusa que representa a energia feminina, adorada como mãe natureza; afeição e obediência aos mais velhos, carinhosa com os que têm problemas e leal à tradição), esposa do deus Shiva (deus da ioga e que representa a energia masculina e a reprodução, também conhecido como "o destruidor"). Parvati soprou vida em sua forma e ordenou que Ganesha, agora seu filho, guardasse a porta durante o banho. Quando Shiva retornou, Ganesha não deixou que ele entrasse. Shiva, furioso e de forma traiçoeira, cortou-lhe a cabeça com seu tridente (trishul). Parvati, ao sair do banho e desgostosa com o acontecido, ameaçou destruir o Universo. Shiva, preocupado e para acalmá-la, ordenou imediatamente que fosse substituída a cabeça do jovem pela do primeiro ser vivo encontrado... e foi um elefante! A cabeça do elefante foi unida ao corpo ressuscitado e, para consolar a deusa, Shiva nomeou Ganesha chefe dos Ganas (exércitos celestes). Poderes: afasta e supera obstáculos, traz saúde, fortuna e equilíbrio a seus fiéis.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Bolão da ESPN - classificação entre os amigos:

01º Aline 345

02º Rafael Cavalca 336

03º Andre Luis Miranda Ribeiro 330

04º Alexandre Coutinho 318

05º Vitor Miki 300

06º Pablo Perez de Landazabal Kazon 288

07º Marcus Vinícius Martins dos Santos 270

08º Sérgio Frederico Monteiro Sunahara 261

09º Gustavo Novaes 261

10º Tiago Silva Leme 258

11º Rafael Zampa 249

12º Bruno Diniz Betcer 204

13º Danilo Carvalho 186

14º Rodrigo Keniti 165

15º Felipe Gomes 144

16º Daniel Cavalca 123

17º Bruno Brandão Ribeiro 99

18º Lincon Prado 99

19º Ricardo Filho 99

20º Murilo Bruno Souza 96

Preciso falar alguma coisa?!

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Não!

Não sou sexóloga, maníaca, sexualmente degenerada ou algo que o valha. Mas adoro os quadrinhos da Aline e, justamente por ser minha homônima, resolvi homenageá-la aqui no blog. Créditos todos para Debrinha, que me ajudou a montar o layout (viu só, aprendi! rs), encontrando, em especial, essa tira!

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Aline é um personagem de Adão Iturrusgarai. Em suas tiras, retrata jovens urbanos, modernos e "abertos", habitantes de uma cidade cosmopolita, sintonizados com as questões do mundo em que vivem. Aline é uma adolescente que mora com seus dois namorados, Otto e Pedro, também adolescentes.

Adão Iturrusgarai, atualmente, publica sua tira diária Aline no Jornal da Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, Tribuna do Norte (em Natal), Diário de Pernambuco e Correio da Manhã (em Portugal). Também publica na revista Caros Amigos. Ele diz que não faz histórias de sexo e drogas para chocar as pessoas, pois, conforme afirma, "quem choca é galinha".